Metade de mim deixou de ser minha.
É culpa desta saudade
Que me leva e me traz.
Essa que me embala por mares gigantes,
Tormentas valentes, de ida e volta.
Sem cais, sem porto!
Talvez se perca o barco.
Neste mar de pensamentos
Que me arrancam de terra
E me levam para lá de mim,
Para lá de nós.
É uma viagem como tantas outras
Com ondas calmas que adormecem,
Com tempestades que atormentam.
É a viagem da saudade
No mar do amor,
No barco do pensamento,
No cais da verdade,
É levantar velas e zarpar.
É a saudade que me leva até ti,
Viagem debaixo de sol quente,
Debaixo de tempestade de trovões,
Apetece sempre levantar âncora
Só para te encontrar e ficar a dois.
Metade de mim é barco,
A outra é o cais onde atraco.
Mas eu gosto é de navegar por esse mar.
E quando atraco é só para descansar,
Limpar a proa, limpar o mastro,
Verificar velas…
Se neste intervalo de tempo me esquecer de ti,
Deixa-me ficar aqui sossegado.
Mas se tu te lembrares de mim.
Vem buscar-me e voltamos ao mar.
A.S
2 comentários:
lindo! adorei!
Susana
amei mais uma vez...
OC
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