sexta-feira, junho 27, 2008

Textos Livres... Soltos... Sem Sentido... Sentidos

Não sou poeta, talvez seja um sonhador cobarde. Sim, atrevo-me a sonhar, mas os meus sonhos não passam de letras juntinhas umas às outras, palavras desmaiadas nesta folha que era branca. E aqui está o meu sonho, neste papel que vou guardar numa gaveta, numa pasta, no esquecimento.
Pela tua mão atrevi-me a escrever o sonho numa outra folha. Escrevo nesta folha já escrita, rasurada, amachucada, com frases ilegíveis, amarelada do tempo, rasgada nas pontas – escrevo nesta folha que se chama vida.
Agora, neste cantinho de folha ficamos nós, fica o nosso sonho, ficam os nossos sorrisos, ficam os nossos olhares, fica o nosso segredo, fica eternamente um pedaço da nossa vida que não será rasurado. Neste canto de folha, fica registado que vale a pena ser feliz, nem que seja por um momento.
Na vida ficamos nós, como a caneta na mão de um poeta.


Nesta mão fechada guardo as linhas de destino, de sina. Linhas que nada dizem a quem não sabe ler. Sou analfabeta, leiga, desinteressada no que está escrito nas estrelas, no céu, nas nuvens, nas borras de chá (ou será de café?)
Bem fico de olho aberto, e ninguém passa é certo. Se passou, passou que não o vi! Mas se está escrito na palma da mão com certeza passará, se não for hoje talvez seja amanhã…
Não, deixei de acreditar no destino. Na palma de mão! Vive-se é de mãos e punhos fechados, mangas arregaçadas, como quem vai à luta!! Por nosso desejo, por nossa vontade! Deixei de acreditar no destino, acredito em mim, no meu querer.
Continua a ler a palma da mão, continua. Ficarás analfabeto para a vida…


Isto que é senão letras coladinhas, enamoradas de si. Palavras soltas, sem sentido, sem arbítrio. Esta caneta preguiçosa não se levanta do papel. Escreve, risca, faz pontuação e dá sentido a tudo o que aqui vai. Aqui no coração, não na palma da mão. Na palma da mão tenho outras linhas, outras sinas. Nestas digo o que quero, quero-te a ti e a mim, quero ser feliz, quero respirar, quero querer, quero amar… quero sentir! Quero tornar eterno este querer de querer, quero não me esquecer do que quero.
Na palma desta mão fechada, está o destino que quiser escrever. E o meu ditado para hoje é simplesmente ser feliz…


Quem inventou a distância, certamente não sabia a dor que a saudade provoca. Não sabia que cada lágrima seria um suspiro atormentado pelo olhar que não se pode encontrar.
Não é a percorrer a distância que nos perdemos, não será por estes caminhos que o amor verdadeiro se perderá, mas sem dúvida ficará cansado de caminhar, de tentar alcançar.
Maior o amor, maior a ansiedade de encontrar o espelho dos nossos olhos, mais a vontade de partir, de ir, de fazer a loucura descontrolada para te encontrar. Irei ter contigo junto a um precipício, junto ao mar, numa praia, numa estrela, no caos, numa guerra… onde estiveres sei que irei ter contigo! É uma sede que não se mata, é uma vontade que não se farta, é uma saudade que aperta como os teus abraços mas na tua ausência…
Agradeço a quem inventou a saudade, é ela que vem marcar a tua presença na minha vida, e não permite esquecer-te.

1 comentário:

Anónimo disse...

www.essencianatural.blogspot.com

dá apenas uma olhadela..

visita também

www.aromalunar.blogspot.com

recomendo-te sinceramente este último *