Não se pode matar o amor. Isto para mim é certo e inegável. O amor, não morre pelas nossas próprias mãos, ou pelo nosso querer. Não conseguimos ser assassinos cruéis dum amor que já não interessa, ou que apenas nos faz sofrer.
Porém, podemos mandá-lo para um canto escuro - onde fique esquecido, onde não tenha nem alimento, nem luz! Podemos mandá-lo para um canto sozinho, de castigo, onde esperamos que um dia cometa suicídio.
Tratamos assim o amor, sem cuidado, nem razão. Poderíamos ser assassinos de sentimentos que já não queremos, por não saber o que fazer com eles. Mas não podemos fazê-lo. Certamente nos tornaríamos assassinos de sentimentos. Bem, eu já teria assassinado alguns...
Somos limitados nisso e ainda bem.
Somos limitados nisso e ainda bem.
O amor não é mais que uma criança, que precisa de mimo. Mimo, de quem ama verdadeiramente!
O meu amor está no castigo - não o mimes, não o visites! Deixa que morra!
Deixa que se transforme em algo que se chame apenas dor.
Deixa que se transforme em algo que se chame apenas saudade.
Deixa que se transforme em algo que se chame apenas momento.
Deixa que se transforme em algo que se chame apenas esquecimento!
O meu amor, pode não morrer pelas minhas mãos, mas certamente morrerá pelas tuas!
Tiremos os nossos amores do castigo. Não os deixemos morrer!
Suportarias a dor?
as saudades?
sermos apenas um momento?
e cairmos no esquecimento?
Amar, não é deixar morrer.
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