segunda-feira, julho 07, 2008

Presença

Apareceste tão casualmentena minha vida...
Como uma nota musical
Solta no vento das canções.
Num olhar, num silêncio ansioso
Nasceste assim na minha vida.
Inesperado perfume de flor silvestre,
Tão casual, agradável e breve…
Já te conhecia dos meus sonhos,
Imagem de segredo, guardada, fechada
Minha ilusão, meu desejo.
Pressentia o teu perfume na sombra,
O teu respirar no escuro.
Tu existias em mim…
O teu olhar
Onde cintila uma gota pura de verdade,
Aconchego de alma perdida,
Esconderijo de coração partido.
Esse olhar guardei-o no meu peito.
Era invisível, flutuante, distante,
Impossível de encontrar.
Onde passei procurei os teus olhos.
Apareceste em mim,
De dentro para fora.
Não te encontrei ao passar,
Descobri-te dentro do peito.
Nesse momento não foste breve, não és,
Ficaste, como uma nota forte que entoa
Uma vibração de corda de viola
Que fica gravada na alma
No meu peito
Estás longamente, além de compassos e acordes,
além da música, da vibração.
Além dos cheiros, das paisagens eternas.
Ressoas cá dentro a cada minuto,
A cada segundo.
Ficas e permaneces dentro de mim.
AS

2 comentários:

Cláudia disse...

Que forma linda, sublime de contar essa história de amor!
Que bom é saber que alguém que faz sentir e escrever assim! :)

OC disse...

seja para quem for dirigido, tem muita sorte em ler algo tão profundo...
OC